segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MEU ATÉ BREVE A PATRICIA MIRANDA.


Hoje é o dia que uma grande amiga se despede da Cabana (para quem não sabe, é a minha casa)... Foram dois anos de companherismo e amizade... E por isso, hoje, é um dia de silêncio por aqui.

Não haverá mais a voz alta com o sotaque arretado por todos os lados da casa. Não haverá mais o sorriso largo e o cheiro de comida forte na cozinha. Não haverá mais nada dela por aqui, alem de lembranças.

Hoje, é um dia triste por aqui. Porque ela me fará muita falta... Houve tantas as vezes que eu desabafava com ela, falava, falava e depois dela muito me ouvir, ela dizia: “Não sei o que te dizer.” E isso me confortava. Sua sinceridade. Sua simplicidade. E o mais importante, sua companhia. Que por mais que não tivesse o que me falar, ela estava ali do meu lado se preocupando.

A minha amiga é do tipo que faz tudo por você, sem que você peça. Te traz pequenos presentes que fazem toda diferença! É observadora em saber o que você precisa e sem que você espere, ela aparece com aquilo. E naquele momento aquela pequena coisa, vale muito mais que os poucos reais que realmente custou. Aquele gesto valia ouro.

Ela foi um dos maiores exemplos de vida que eu tive até hoje, porque as dificuldades no seu caminho foram inúmeras, mas ainda assim, eu nunca vi uma reclamação séria sair da sua boca. Eu nunca vi ela desdenhar da vida ou perder o sorriso. Com ela em minha vida, eu passei a pensar duas vezes antes de reclamar de algo. Pois, se ela apesar de tudo ainda sorri lindamente, quem sou eu para fechar a minha cara?

E agora, bem agora, há poucas horas de vê-la partir que estou me dando conta, que a importância de tê-la por perto é tão maior para mim do que eu imaginava. Que o amor que tenho por ela, é de como alguém de minha família. E agora também, me sinto um tanto quanto arrependida de não ter lhe dito isso mais vezes...

Ela, como parece, não vai se mudar para outro planeta. Ou para algum buraco negro que eu nunca mais vá vê-la... Mas digamos que vai para relativamente longe. Vai também, por um bom motivo, por um motivo de alegria, que me deixa por este lado muito feliz. Ela vai para junto da sua família de sangue, para junto de sua filha que tanto precisa dela nesta fase tão gostosa... Ela vai para um bem maior. E são por esses motivos que vou conter minhas lágrimas (se assim eu conseguir...).

Amiga, eu sei que isso é apenas um até breve. Que quando “dermos fé” estaremos juntas novamente. Em poucos meses segundo você, não é mesmo? Obrigada por tudo. Por todas as risadas. Por todas as vezes que me alimentou. Por tantas as vezes que me presentiou. Por cada vez que me acompanhou. Por sempre que esteve comigo. Por cada balada. Por cada palavra. Obrigada pelas roupas emprestadas. E objetos também. Obrigada por uma das viagens mais especiais da minha vida. Obrigada pelo carinho dos seus pais comigo. Obrigada por tanta coisa, que por mais que passasse horas falando, eu não saberia dizer o suficiente!

Vai amiga, e vai com o coração limpo que você está fazendo o certo. Que estes cuidados que você com tanto amor me dispensa, tem uma pessoinha que precisa tanto disto por lá. Vai amiga, vai para junto de pessoas que te querem bem. Mas vai com a certeza, que aqui em São Paulo você deixa uma família que muito te ama também e que sentirá muitas saudades. Eu sentirei.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O MELHOR AMIGO DO HOMEM

Para você ver como são as coisas. O que são 15 anos para você? O que cabe em 15 anos? Quantos acontecimentos? Quanto sentimento? Quanto vale 15 anos da sua vida? Fez diferença para você os últimos 15 anos? As pessoas que estiveram ao seu lado por estes anos fizeram a diferença?

Enfim, é aí que vocês se perguntam, mas para que tantas questões sobre os últimos 15 anos Li de Oliveira? Sentem-se confortavelmente, pois, vou lhes explicar...

Era uma tarde como qualquer outra. Dia de branco como costumam dizer por aí . Onde Mariane (a minha amiga, sem nomes fictícios, pois, esta história é bem real) trabalhava tranquilamente. Até receber um telefonema. Sua filha ligou para contar que haviam abandonado um Pastor Alemão na sua porta, o acorrentaram ao seu portão. Com ração, dois potes: um de água e um de comida e a coleira. Deixando bem claro que foi um abandono planejado.

O cachorro estava com uma aparência horrível. Pelos revoltos. Cabisbaixo. Não se levantava. Nem a cabeça, para ser mais precisa, ele tinha forças para levantar. Era completamente inanimado. Olhos opacos.

E as questões eram muitas para tal fato. Por que o abandonaram? Estava doente? Quem tinha feito isso? Por que na porta dela? Era um tanto quanto infindáveis os por quês.
Mariane era dona de mais 03 cachorros, 02 gatos e alguns muitos peixes. Seria, por isso, que a pessoa que o abandonou a escolheu? Porque achou que ela ama aos seus animais e poderia facilmente cuidar de mais um?

Naquela noite mesmo, Mari, seu marido Alexandre e sua filha Bruna já prestaram todos os socorros ao alcance deles. E, assim que possivel, na manhã seguinte levaram a veterinária Dra Karina, que os atendeu de prontidão sem cobrar a consulta. A princípio, o cachorro, não tinha nada além de uma inflamação na coluna que o impedia de se levantar. Mas quem diria isto melhor seriam os exames todos que a doutora pediu.

A doutora Karina também definiu que ele já tinha uns 15 anos. Agora imagine vocês, principalmente quem tem um bicho de estimação. Estar 15 anos ao lado dele, não o faz alguém da família? Imagina conviver todos estes anos com alguém, criar um laço afetivo, forte, suponho eu, pelo tempo e então... isto. Assim que ficou velinho e doente, facilmente o abandonou a porta de um qualquer desconhecido e para esta pessoa tudo estava resolvido. Você faria isto com um familiar?

Charles, sim agora já com um nome, foi medicado devidamente, os exames não acusaram nada além da inflamação da coluna e se encontra em plena recuperação. Hoje, ele está no Horto Florestal na Zona Norte de SP, a espera de uma novo e verdadeiro lar. Alguém que cuide dele, como um ser tão especial que merece ser cuidado e que, principalmente, não o abandone no primeiro obstáculo.

Charles, lá no Horto, também ganhou um sobrenome. Agora ele se chama Charles Campeão! Campeão, porque está superando o desamor sofrido, o abandono planejado e está vencendo. E está também, a sua espera. Se você tiver interesse, ou souber, de alguém que queira o Charles como companheiro, por favor, me escrevam: li.deoliveira@gmail.com. Ajude-me a divulgar e encontrar um lar de amor para nosso novo amigo Charles Campeão!


quarta-feira, 13 de abril de 2011

MEUS TOMBOS, AS MINHAS VITÓRIAS

A vida nem sempre pode lhe oferecer flores. E nem sempre também você sentirá vontade de aplicar nesses momentos mais difíceis toda aquela conversa de superação. Mas aí então, é uma opção que só cabe a você o sofrimento da conseqüência.

Em muitas das vezes - para não querer ser tão “80” e dizer que todas as vezes - o sofrimento nos ensina. É o nosso grande professor. Eu aprendo com ele, all the time. Todos os dias, se você reparar, recebemos pequenas rasteiras. Seja do seu banco que cobrou uma taxa inesperada. Do seu sindico que surgiu com alguma reclamação. Do seu pai, esposa ou parente que lhe disse algo que desceu atravessado. Enfim, todos os dias você passa por algo que não te faz bem.

Mas será que não te faz bem mesmo? Ou te faz mais forte? Ou te faz mais preparado para vida? Porque só erra duas vezes quem está com preguiça de aprender. E as vezes também, os aprendizados vão ser duros, cruéis até, só que você não recebe a mais do que pode suportar. Você é bem mais do que imagina, e quando se der conta disto, verá que sua história até ali já conquistou o nome de ORGULHO.

Problemas todos temos, um em maiores proporções, outros em bem menores, mas a única coisa que basta é sabermos que todos, sem uma exceção sequer, tem resolução. Hoje, vemos tragédias pelas mídias... Tsunamis quem diria? Pessoas que perderam tudo, casa, família e valores. Mas não perderam suas identidades. Elas sabem bem quem são e o que passaram. E mais do que nunca sabem a valia de recomeçar. Que tamanho tem seu problema perto disto?

Eu sei que muitas vezes você se cansou das vozes. Amigos experientes. Família cautelosa. Livros de auto – ajuda. Regras. Modas. Muitas vezes você quis fazer do seu problema, um problemão. Bem maior que ele realmente é. Mas sinto em te dizer, que até essa sua carência, passa. Esquece-se. Supera-se. Querer colo é normal. Mas querer isso o tempo todo é desespero.

Sendo assim, hoje agradeço por cada cicatriz que carrego na alma. Elas são minha personalidade. Agradeço cada lágrima passada que hoje construiu meu sorriso. Agradeço cada pedra no caminho, que me fez desviar o caminho e não seguir uma linha reta limitada. Agradeço a cada pessoa que falou mal de mim e me deu a chance (a mim mesma) de provar o contrario. Hoje agradeço por saber fazer do negativo o que há de mais positivo em mim.

Porque se a vida fosse só flores, hoje, eu não seria feliz. Seria apenas mimada.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O QUE VOCÊ FARIA?

Cleide Carmen e Jhoni Tadeu viam TV deitados na cama entristecidos pelos últimos acontecimentos noticiados. Parecia mesmo o fim dos tempos. Era como o apocalipse que tanto ouviam desde outrora.

- Jô-Jô o mundo está acabando... – ela disse lamuriosa.

- Que nada docinho, é uma fatalidade, mas nada quer dizer com o fim do mundo.

- Será? Estamos tão próximos de 2012, que fico realmente temerosa.

- Ah pronto. Agora um filminho besta dita as regras do mundo, do universo.

- Todo filme é baseado em algo.

- Ah claro que é. Sherek existe mesmo, não sabia? Alias, poderíamos aproveitar as férias de julho antes que o mundo acabe, e irmos para o Reino Tão Tão Distante. Já que todo filme é baseado em uma realidade.

Ela preferiu ignorar a ironia dele. O assunto era sério demais para criarem mais uma discussão naquele momento.

- E o que você vai querer fazer quando tiver a certeza que o mundo irá acabar Jô-Jô?

- O mundo não vai acabar. – ele falou entre os dentes cerrados.

- Ta Jhoni, supondo que o mundo irá acabar. O que você faria?

- “O que você faria se só te restasse esse dia? Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria...” – Jhoni Tadeu cantarolou a velha musica de Lenine.

- Fala!!

- “Andava pelado na chuva?
Corria no meio da rua?
Entrava de roupa no mar?
Trepava sem camisinha?

- Não fala isso!

- Isso o que?

- “Trepava”, palavra horrível!

- Mas não fui eu que disse! Foi Lenine! E outra coisa, se o mundo fosse acabar… Eu ia querer trepar. Pronto, ta aí.

- Que nojo!

- Ah vá. Por que, voce se o mundo acabar vai querer virar freira e ficar rezando ate o final?

- Virar freira não né? Mas sei la, eu acho que iria de encontro com minha família…

- Ah sim, e chorar ate o ultimo momento, da tristeza de vê-los morrerem. Bem inteligente.

- Poxa é mesmo né? Verdade. Acho que então pegaria o cartão de credito e ia as compras!

- Muito bem, fico impressionado como voce pensa com bastante cuidado no que ira fazer por ultimo na sua vida… Ate mesmo porque os shopping’s estarão abertos e cheios de pessoas trabalhando felizes da vida para vender para voce, passar o seu cartão no final do mundo. Imagina só? Era exatamente ali que eles iriam querer estar.

- Não tinha pensado nisso…

- Ohh serio?

- Poxa Jhoni, sera que voce pode pelo menos ser um pouco amoroso no final dos tempos? – Cleide Carmen falou magoada.

- O MUNDO NÃO VAI ACABAR !!!!! – suplicou ele desesperado.

- Nostradamus disse que sim!

- E quem é Nostradamus pelo amor de Deus??? Esse fulano ai disse: “Mil passará, mas dois mil não passará. “ E olha a gente aqui, 2011.

- Mas vai ver que ele não quis dizer 2000 com precisão. Você pelo menos vai querer estar comigo no fim dos tempos?

- Se voce prometer ficar bem louca comigo com uns birinights e curtir os ultimos momentos de vida numa boa, bora ae!

- Impossivel conversar serio com voce! Vou dormir. Vê se desliga a televisão quando for fazer o mesmo.

Ele ficou observando-a se ajeitar irritada na cama para dormir. Socar o travisseiro para afofá-lo, depois virar de costa e empinar a bunda para trás num aviso prévio que ele deveria manter distancia. E mesmo com todos os sinais aparentes que ele devia cessar a conversa por ali, ele ainda arriscou:

- Mas eu to falando sério, ta?

A única resposta que teve foi ouvi-la bufar e depois silêncio...

quarta-feira, 2 de março de 2011

UMA REVOLTA FEMININA

Estou ficando preocupada comigo, psicologicamente falando. Estou de verdade cada dia mais apreensiva com meu nível de exigência. Estou aguardando por um príncipe encantado que não existe. E como eu sei que ele não existe, me abstenho dos outros. Outros plebeus ralés.

Quando vejo o atual comportamento da MAIORIA (maioria, maioria, MAIORIAAAA, ta bem claro?) dos homens, desanimo e penso em convento. De verdade. Ta é mentira, não penso em convento, mas penso em desistir de procurar ter a vida cor de rosa que meu livro de Ciências sociais dizia que eu deveria ter... (Sim, sou do tempo de “Ciências Sociais” e dai?), aquela historinha que o ser humano nasce, cresce, casa, se reproduz e morre. E pra fazer isso Sr. Livro? Tava é de brincadeira com minha cara, só pode!

Eu tenho o poder de achar defeito em todos os homens a minha volta. DEFEITOS em Caps lock. (eu sou do tempo de Ciências Sociais, mas também tenho tiradas moderninhas ta?). E isso que me preocupa. Eu estou míope para qualidades. Onde me curo?

Por exemplo, um cara que escreve errado é broxante! Vem me dizer que eu sou “limda” , “não fas acim que eu fico louco”. AHHHHHHH VA! “Acim” de C.. bom. Deixa pra lá. Mas não consigo relaxar (COM X!) e passar (COM DOIS “S”) por cima desse detalhe. É irritante!

Homens que usam apelidos genéricos para todas as mulheres do mundo. Eu tenho nome ta? Chame-me por ele, ok? Não vem com lindinha, flor, gata (principalmente GATA), pequena, amor (Amor é uma porra! Viva mais três encarnações antes de falar “amor” em vão.), meu doce (nessas horas tenho vontade de ser diabética.). Enfim, genéricos. Odeio. Cada um. Sei lá se isso é por falta de memória de lembrar todas as mulheres que eles TENTAM ficar ou é por preguiça mesmo.

Já repararam que os homens estão com sua ceninha ensaiadas? Antes de ficar te deixam recados, mandam sms carinhosos, vão aonde você provavelmente estará e depois que conseguem o que querem. Puft. Que nem Mister M revelaria a mágica do sumiço. Homens, por favor, me expliquem! Não subestimem minha inteligência, tenho total capacidade de entender porque fazem isso, se vocês me explicarem! As mulheres tem mau hálito ultimamente? Os desodorantes andam vencidos?? Eu juro, eu preciso de um porquê! O que há de errado com um segundo encontro?

Várias coisas me tiram o tesão de um homem. Conversar pouco. Conversar muito. Pouco ciúme. Muito ciúme. Voz fina ou estranha. Meias pretas esticadas até a canela e bermuda. Vídeo game demasiado. Time de futebol demasiado. Cerveja demasiada. Gosto musical duvidoso. Hábitos de moleque demasiado. Piadas em 100% do tempo. Mau humor em 98% do tempo. Brincadeiras repetitivas. Demora para responder no MSN. Submissão. Falta de atitude. Falta de opinião. Cobranças insistentes. Incapacidade de pedir informação. Não responder SMS. Achar que é a ultima bolacha do pacote. Falar frases prontas. Posso ficar ate amanhã falando?

To falando por mim, por varias amigas e pela novela Insensato Coração. Morte ao personagem do Lazaro Ramos! Morte a todos os homens irritantes da face da Terra. Vou ali na praça queimar sutiãs e não me esperem voltar. (e ainda vou cantando bem alto: “Será que o príncipe virou um sapo que vive dando no meu saco...”).

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O MONSTRO VERDE

O casamento estava friozinho. Sabe? Aqueles momentos da vida que você arruma nomes para as crises. “Ah estamos na crise de um ano.” , “Estamos na crise da meia idade.” , “Estamos na crise dos 3 anos, 4 meses e 2 dias.”. Mas crises, não se justificam, apenas acontecem. E em geral, por inúmeros motivos e não pelo tempo de relação.

Luciana Andréia era mulher né? Então já se pode entender que era complicada, chatinha, sensível demais, especuladora demais, controladora demais e bla bla bla. Aposto que você, mulher, riu. Sim você também é assim. Aposto também que você, homem, agora riu também. Porque sim, eu sou mulher e sei admitir que somos assim. Umas em maiores proporções ou outras em menores. Luciana Andréia tava com o pé bem forte no “maiores”.

Ela tinha criado diversos probleminhas em relação a Rodolfo Lucio, tomou cada um deles como verdade irrefutável e colocou como pedra no caminho. Não dava mais para seguir. Enquanto isso, Rodolfo Lucio, corria de manhã, ia ao trabalho no horário comercial, chegava em casa cozinhava algo, estudava para sua pós, via TV e dormia. Vida normal. Nada de errado. Do que poderia ele reclamar?

A verdade era que: Ele não percebia! Não percebia o monstro verde que crescia entre eles. Monstro que Luciana Andréia havia criado. Monstro de gelatina. Mole. Fácil de destruir. Isso se ele percebesse o que estava acontecendo. A vida para Rodolfo Lucio era tão simples, que chegava ser complicada de entender. A vida dela por sua vez, era tão complicada, tão complicada, que era muito simples de perceber que era apenas tempestade em copo d’agua.

Mas como um casal moderno, eles seguiam. Com seus compromissos jovens. Festa na casa dos amigos. Open Houses. Open Bar. E tudo se abria, menos a relação dos dois. Tava na cara, no olhar deles, o quanto eram apaixonados. Mas insistiam em levar o monstro verde por onde fossem. Publicamente se criticavam. (E tenho que ser justa ao falar, que geralmente partia dela, bom mulher, lembra?). Mas mesmo assim, no fim das “pequenas discussões” ainda riam feito crianças travessas. E os que em volta viam, pensavam: “como eles são lindos sorrindo.”.

O casamento provavelmente nunca acabaria, ou tão cedo acabaria. Mas de verdade a torcida era para que colocassem o Monstro verde de fora da história. Que fossem mais os dois e menos os terceiros. Que fossem mais sexo e um pouco menos de conversa. Que fossem mais sintonia e menos interferências. Porque juntos ficavam lindos. Aqueles casais que uma separação não quebraria só os corações deles, mas de todos que os rodeiam.

E então, no meio de tudo, em um dia qualquer, um jantar qualquer, vem o papo:

- Acho linda a Talula do BBB, eu pegava! – Comenta uma amiga mais “doidinha”.

- Eu acho a Maria, eu pegava também. – emenda a Luciana Andréia.

Os olhos de Rodolfo Lucio brilharam.

- Ta falando sério amor?? Pegaria mesmo?

Ela riu relaxada, e num silêncio só deles perceberam o quanto se amavam. O quanto o elemento “surpresa” ainda estavam com eles e quantas vezes mais eles poderiam se apaixonar novamente. A cada ato, a cada palavra, a cada olhar... E o Monstro verde? Faz parte, mas que continue assim, apenas um pequeno aparte desta história, porque o protagonista, ainda era ele: O Sr. Amor.